segunda-feira, 20 de julho de 2009

O óbvio é indiscutível?

Ontem eu estava no onibus e lembrei que minha amiga Paloma costuma dizer que o óbvio é indiscutível. Será??

Por exemplo:

- Se uma pessoa puxa assunto, três vezes seguidas, com outra pessoa no onibus, em plena segunda-feira de manhã chuvosa, e esta responde monossilabicamente a todas elas, e não retribui com nenhum chamado de volta. Isso significa que ela está???

a) lôca pra contar sobre os finais de semana dos últimos quinze anos
b) esperando o grande momento de poder socializar no onibus por causa da chuva
c) COM VONTADE ZERO DE CONVERSAR


OU

- Se esta mesma pessoa está no onibus com um livro (SEM FIGURAS) aberto nas mãos e seus olhos estão direcionados (concentrados) para o texto que está escrito alí. Isso significa que ela está????

a) se perguntando por que o livro não tem figuras
b) com torci colo, por isso não movimenta a cabeça para os lados
c) LENDO (ou tentando)

Enfim, esta é a pergunta do dia:


O ÓBVIO É REALMENTE INDISCUTÍVEL???

Se você tem mais algum fato fictício para ilustrar essa questão, por favor, coloque nos comentários deste post.

Um comentário:

  1. Aconteceu no Metrô:
    Estação terminal, Sans Peña...o trem pára, abre e as pessoas entram...a moça senta e ao seu lado senta-se um senhor, meio mal vestido e que faz um comentário: esse trem vai pra central, né? ela responde que sim....imaginou que o papo terminava ali, mas infelizmente não: estou indo pra cidade comprar uma arma nova, disse ele...ela ficou olhando, mas nada respondeu pra que o papo não fosse a diante...mas tb não adiantou: aquele delegado desgraçado! só porque eu pedi a arma ele mandou eu comprar outra do meu bolso! sabe quanto custa? disse ele indignado. A moça, coitada, meio sem jeito, não responde nada, mas mesmo assim ele informa: 300 reais! um absurdo! tudo culpa daquele delegado viado! sim, porque ele é viado, que eu sei....isso é porque estou nessa delegacia...se fosse na de madureira, queria ver se ia ter essa palhaçada....A moça então, perplexa, não sabia se ria, se saía do lugar....mas ficou afinal de contas, episódio tão inusitado não é todo dia....o homem foi então praguejando o tal delegado até a estação da Uruguaiana, onde desceu e foi adquirir uma nova substituta para a arma que ele perdeu....a moça pensou...meu deus, o que eu tenho a ver com isso? não é óbvio que um assunto desses é no mínimo sigiloso? tenho cara de terapeuta? eu hein!

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